sexta-feira, 12 de junho de 2009

Nem tudo está perdido: O que seria do futebol sem a África do Sul?


Quem acompanha o futebol está cansado de ouvir que ele virou mais negócio que esporte, as cifras astronômicas na venda e compra de jogadores, os interesses dos cartolas, os jogadores tão preocupados com seus altos salários, tudo isso contribui para essa famigerada exploração do esporte paixão mundial.

Por aqui os jogos de perdem cada vez mais a sua emoção, tornam-se destaque quando há alguma tragédia, briga dentro ou fora das quatro linhas. Mas o espetáculo, ah esse fica cada vez mais no passado. Quem não se lembra do carnaval protagonizado pela seleção na suiça Wiggis dias antes da estreia na Copa do Mundo da Alemanha? Sem dúvidas uma das maiores bizarrices da história do futebol brasileiro.

É por situações como as citadas acima que para mim o futebol perde cada vez mais o seu encanto, mas lá no fundo algo ainda me faz acreditar na importância humanitária que o futebol tem ainda dentro do século XXI.

Como é sabido, este espaço é destinado aos assuntos radiofônicos, mas me senti na obrigação de fazer esta postagem sobre esse assunto que nada tem a ver com rádio, pois, pelo menos para mim tão descrente da mágia do futebol, consegui resgatá-la um pouco na matéria feita pelo repórter da ESPN BRASIL, André Plihal na cidade de
Bloemfontein, na África do Sul, local onde a Seleção Brasileira fez seu primeiro treino em preparação para a estreia na Copa das Confederações.

Com entrada livre os moradores de uma das regiões mais carentes da África do Sul proporcionaram nas arquibancadas do estádio Seisa Ramobodu uma das cenas mais comoventes das últimas décadas do futebol mundial. 3 mil torcedores lotaram as arquibancadas e deram um show de simpatia e felicidade, os jogadores ao presenciarem tal cena, foram ao encontro da torcida e os aplaudiram, após a bela torcida africana gritar os nomes dos joagdores brasileiros.

Não tenho mais capacidade "letral" para descrever tal cena, portanto acho melhor vocês acompanharem a matéria de André Plihal e as imagens capturadas pela lente da ESPN BRASIL. Só espero que as seleções presentes nessa Copa das Confederações saibam aproveitar e retribuir todo esse carinho.



Tudo isso me faz crer que nem tudo no futebol está perdido.

3 comentários:

Anderson Augusto Soares disse...

De fato, Clemerson, foi comovente a manifestação dos sul-africanos. E olha que só foi um treino, e da seleção que não é a do país deles. Considerando que a África do Sul ainda não é das fovoritas ao título, nas fases finais (e mesmo em confrontos aleatórios na primeira fase) teremos a torcida. Sentir-nos-emos em casa. O hexa já pode vir na Àfrica!

Rafael Lopes disse...

Olá Clemerson, encontrei seu blog. Muito bom, gostei bastante.

Quanto ao texto, ver aquela imagem dos sul africanos dançando, apoiando nossa seleção é de arrepiar.

Abraço

Gustavo Fialho disse...

O futebol é um dos maiores instrumentos de inclusão social do mundo. O que me enoja é ver pessoas podres como o senhor Luciano do Valle dizer que não existe o menor sentido fazer uma Copa num país pobre como a África do Sul. Mas esse mesmo sujeito defende a Copa no Brasil, que é um país riquíssimo. Mas, é claro, ele deve estar na expectativa de morder parte da grana, muito provavelmente via publicidade encomendada pelo governo de Pernanbuco.