quarta-feira, 20 de maio de 2009

A grande prova de confiança


Hoje eu falo de uma pessoa que marcou a sua passagem por aqui de uma forma bem intensa. Era praticamente uma montanha russa quando o assunto era o seu estado de espírito, assim era Rafaela Giomo Avelhaneda dentro da Rádio Toledo.

Mas o que esteve sempre em alta era a intensidade em que ela se dedicava ao trabalho desempenhado por aqui. Quando aconteceu o processo seletivo pelo qual a Rafa participou em 2005, ela estava no segundo ano da faculdade, até então tinhamos tido pouquíssimos contatos e a visão que tinha dela era de uma pessoa com personalidade forte, incompreendida muitas vezes e que precisava se encontrar dentro do curso.

Talento a Rafa demonstrou e demonstra até hoje que sempre teve, o que ela mais precisava na época era de um lugar onde ela se sentisse e fosse importante, e isso posso garantir que ela foi desde o primeiro momento até o seu último dia dentro da Equipe UniToledo.

Uma de suas grandes virtudes é o fato de aceitar e encarar quaisquer desafios por mais malucos que poderiam parecer. Na época do Diário eu procurava destinar a ela as pautas mais difíceis e complicadas porque eu sabia ela não aceitaria voltar com o gravador mudo e iria conseguir de qualquer forma um bom material.

Sei que ela muitas vezes quis me matar por isso, e o fato aceitar os desafios não significava que ela as vezes não ficava com "sangue nos olhos" por isso, mas que ela desenvolvia a função, ah desenvolvia sim. Isso acabou sendo mais um dos treinos para um futuro próximo para ela, pois alguns anos depois ela tinha desafios ainda mais "cabeludos" para realizar. Ou vocês acham que mediar um debate sobre "Aplicação do Laboratório de Lubrificantes em Manutenção Automotiva e Industrial e seus Recentes Desenvolvimentos" é uma tarefa fácil? Acredito que hoje ela sinta falta das missões malucas que eram destinadas a ela aqui na Rádio Toledo.

A Rafa foi a primeira pessoa da Equipe UniToledo a conquistar um fã clube dentro da iRadio, quando ela não entrava no ar logo as oito da manhã chovia de recados perguntando por ela, mesmo nós falando que ela naquele dia entraria a partir das dez da manhã as pessoas queriam ela logo cedo e até que se possível ficasse as cinco horas diretas no ar da nossa programação.

Era tudo o que ela precisava, se sentir querida pelo trabalho que fazia, e se sentir importante dentro de um processo de trabalho, a partir daí o meu trabalho estava encaminhado, era só controlar a montanha russa de humor da baixinha que o resto ela já ia fazendo por conta própria. Ela conduzia a produção e organização de seus programas com um envolvimento encantador, sinto muita saudade dessa época.

No começo de 2007 aconteceu aquilo que era inevitável, a sua saída para ajudar na criação de um novo projeto, assim como ela fez aqui na Rádio Toledo em 2005. Ela se transferiu para a UDOP para iniciar a equipe de comunicação da empresa que estava crescendo a cada dia.

O que vou dizer agora não tem o objetivo de desmerecer aos meus grandes companheiros nesses sete anos de Rádio Toledo, mas mais abaixo vou explicar o motivo e acredito que vocês vão entender o por que. Quando eu soube dessa vaga que estava sendo aberta na UDOP o primeiro nome que pensei foi no dela, a Ayne Salviano então coordenadora do Curso acabou pensando o mesmo e fez uma excelente recomendação da Rafa para os representantes da UDOP.

A Rafa apesar da empolgação no começo ficou um pouco receosa pois iria trabalhar com TV, algo que nunca tinha mexido ainda, mas eu falei pra ela que a única diferença principal era a questão da imagem, pois a parte de produção e reportagem ela tiraria de letra pela forma como já fazia o seu trabalho por aqui.

E claro, ela conseguiu. E foi aí que senti pela primeira vez dois sentimentos distintos ao mesmo tempo. A felicidade extrema por ela ter conseguido algo tão importante, era a comprovação daquilo que constatei lá em 2005, e a tristeza pela equipe perder alguém tão importante e especial, confesso que fiquei alguns dias sem saber como agir, mas claro tinha total noção da importância que tinha para ela essa nova fase.

Agora vou explicar o por que dessa conquista e saída da Rafa tenha sido uma das mais marcantes para mim, mas para isso preciso voltar lá em 2005 e em algo que falei na postagem sobre o Alex e que ficaria explicado no dia de hoje.

Quando aquela turma de estágio entrou naquele ano, tinhamos acertado com uma pessoa um número X de bolsas que seriam destinadas aos membros da rádio, em cima disso é que o processo seletivo foi feito e o número de vagas abertas. Acontece que depois do processo realizado e as pessoas já terem começado a trabalhar a regra do jogo foi arbitrariamente mudada e o número de bolsas que inicialmente era de 6 passou inexplicavelmente para 2.

O drama tomou conta de mim, como eu iria explicar para eles: Alex, Diego, Eduardo e Rafaela, que os quatro não teriam mais a bolsa prometida no processo seletivo? Aquilo me tirou o sono por várias noites, até que a primeira nobre atitude foi tomada por uma ex membro da Equipe UniToledo, a Gisele Castro que naquele ano tinha transferido seu estágio para a TV Toledo, e ao saber da situação, em uma atitude que nunca vou me esquecer teve generosidade em transferir a sua bolsa para a Rádio.

A minha preocupação maior no momento era com o Eduardo que tinha deixado Auriflama para morar aqui por causa do estágio, como eu iria falar pra ele, que ele não teria mais a bolsa e teria de voltar para Auriflama? Mas graças a Gisele acabei transferindo a bolsa dela para o Eduardo, era um problema resolvido, mas eu ainda tinha outros três.

E esses três não consegui mesmo resolver, até que chegou o momento de comunicá-los do desastre. Foi então que obtive dos três a maior prova de confiança da minha vida. Eles de coração entenderam a situação e mesmo assim disseram que não iriam abandonar o barco, iria sim ser complicado para eles, mas pelo aprendizado que poderiam ter aqui eles compraram essa briga junto comigo, e um briga complicada porque a pressão que tiveram em suas casas não foi nada fácil.

No caso do Alex e do Diego, eles vinham de Birigui, pegavam ônibus todos os dias de manhã, tiravam dinheiro do bolso para fazer o estágio, quantas não foram as vezes em que eles chegaram completamente molhados aqui, pois até debaixo de chuva eles vinham. E a Rafa que foi a que mais sofreu com as pressões em casa, atravessava a cidade de bicicleta e as vezes a pé para chegar aqui, quando não gastava dinheiro com mototaxi.

Como eu disse, foi a maior prova que alguém já me deu na vida, e agora eu pergunto: Como não se emocionar de forma especial com o sucesso dessas três pessoas? Como não ficar feliz? No caso da Rafa ainda mais, eu sei que não foi nada fácil em casa para o Alex e para o Diego, mas para ela foi barra pesada eu acompanhei isso, ela comprou de fato essa briga com a família para continuar aqui, e o resultado é visto agora.

Vocês podem ouvir também abaixo as palavras dela como foi a sua passagem pela Equipe UniToledo.



Agora me digam uma coisa: Não é de se orgulhar em ver uma foto como a desta postagem? E depois disso só me resta dizer uma coisa, como diria Alex Brasileiro e Falcão: "Valeu a pena"!

3 comentários:

Márcio Bracioli disse...

Só de ouvir essa voz, que por sinal tá no rol das mais bonitas que já ouvi, meu coração dispara.... essa é a membra da equipe que eu mais amo. Sem dúvida uma amiga para vida toda. Grande profissional, grande futuro. E ainda tem a promessa de um dia trabalharmos juntos. Pode escrever Rafa!

Ricardo Mello disse...

A Rafa pe uma profissional dedicada e repleta de aptidões que foram cruciais para que hoje ela tenha chegado até aqui.
Parabéns, Rafa!!!

Ralf esportes disse...

eu quero ouvir novamente o microfonia!